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Cuidados Paliativos e a demência

Muitos acreditam que os cuidados paliativos promovem cuidados apenas nos últimos dias de vida ou adequados a pacientes com câncer. Engana-se quem pensa dessa forma. Esses cuidados são uma assistência promovida por uma equipe multidisciplinar que busca levar qualidade de vida ao paciente e sua família diante de uma doença que gera sofrimento e ameaça a vida. Assim, além do câncer, pacientes com diversas doenças em seus estádios finais são candidatos aos cuidados paliativos.

A equipe paliativista pode iniciar sua atuação em sintonia com o médico assistente do paciente. No decorrer do tempo, o tratamento vai ganhando mais importância e o tratamento clínico, menor. Através de uma avaliação impecável, a equipe paliativista identificará precocemente o estado de saúde do paciente, tornando mais eficaz o tratamento de sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais.

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A demência é um grupo de sintomas que interfere no funcionamento diário do paciente. A forma mais comum é a Doença de Alzheimer, além da demência vascular e fronto-temporal.

Nas fases iniciais de uma demência, é possível observar perda de memória, incapacidade de raciocínio e mudança de personalidade. Com o avançar do quadro clínico, a dependência funcional torna-se cada vez mais evidente. Comprometimento cognitivo severo acontece na fase avançada, onde o indivíduo tem incontinência fecal e urinária, dificuldade para caminhar, deglutir e para realizar qualquer atividade, até mesmo as mais automatizadas. Seja qual for a origem da demência, todas são crônicas, progressivas, degenerativas e muitas sem cura.

As pessoas que convivem ou cuidam de idosos com demência devem ser orientados sobre a evolução desses quadros. O objetivo é compreender até que ponto os tratamentos e intervenções podem gerar alguma resposta relevante.

 

Quando os cuidados paliativos devem ser abordados?

O assunto deve ser abordado no início do diagnóstico. O profissional de saúde deve sentir que existe uma relação confiável entre ele e os envolvidos para não haver desconforto. Essa confiança é importante, pois definirá o futuro da relação com o paciente. Isto é, a equipe precisa estar ciente de quem responderá pelo idoso caso este esteja num quadro de dependência extrema. Ou caso haja uma piora irreversível, é preciso saber se há alguma restrição contra tratamentos invasivos.

 

Qual a importância dos cuidados paliativos?

Nos últimos meses de vida, muitos pacientes com demência são submetidos a tratamentos que geram mais sofrimento do que benefícios. Tudo isso acontece porque a família não costuma questionar determinadas intervenções. Em contrapartida, não recebem orientações sobre possíveis complicações clínicas dos procedimentos. Outro fator importante é a participação dos familiares junto com profissionais de saúde na escolha da melhor maneira de promover o bem-estar da pessoa com demência avançada. Nenhum esforço deve ser poupado quando o assunto é a melhora da qualidade de vida no final da vida de qualquer pessoa. No caso de pacientes com demência avançada, cabe à família e à equipe de saúde tomar decisões que levem conforto e dignidade.

Promova a melhor qualidade de vida para seu familiar com demência. Esclareça todas as suas dúvidas com uma equipe multidisciplinar e encontre o melhor cuidado para quem está deixando a sua marca.