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Dúvidas sobre esquecimento: é início de demência ou é normal?

Alzheimer é uma doença neuro-degenerativa progressiva, provocando declínio de funções cognitivas como, memória, orientação, atenção e linguagem, o que pode interferir no comportamento social e na personalidade do portador.

Vale ressaltar que é quatro vezes mais comum em analfabetos e geralmente é caracterizada pela perda de memória, sendo o sintoma mais conhecido. Porém, não é necessariamente o primeiro a aparecer, pois outros sintomas podem surgir no início da doença, como a depressão e a instabilidade emocional, que podem fazer parte dos sintomas iniciais da doença, mas que podem ser facilmente confundidas com estresse ou velhice.

A idade é o principal fator de risco (não modificável) para a doença de Alzheimer. Por isso, é importante que uma pessoa idosa com queixa de memória de curto prazo e com alteração de seu estado emocional passe por uma avaliação médica com especialistas em neurologia, geriatria ou psiquiatria para avaliar se trata-se de um Distúrbio Neurocognitivo Leve (DNCL). Nesta situação, o paciente tem a instabilidade emocional, esquecimentos frequentes, mas nenhum sinal de demência. Ocorre que os portadores de DNCL têm uma chance maior de desenvolver demência do que pessoas da mesma idade sem essa condição. Um estudo com pacientes com doença de Alzheimer familiar sugere que as alterações neuropatológicas se iniciam cerca de 20 anos antes dos primeiros sintomas. Dos pacientes com DNCL, cerca de 10-15% terão o diagnóstico de demência no prazo de um ano, ou seja, eram pacientes em uma fase pré-clínica da doença de Alzheimer que, por algum motivo, progrediram mais rapidamente que os outros 85 ou 90% que permaneceram estáveis. Como fazer para se enquadrar no 2º grupo, o dos estáveis?

Até o presente, não parece que a estratégia protetora seja medicamentosa. Não há uma base sólida para o uso de medicamentos objetivando adiar uma futura demência. Já se propôs o uso da reposição de estrógenos na pós menopausa, o uso de estatinas, antiinflamatórios, resveratrol, anticorpos monoclonais anti-amilóide, vitamina E e diversos antioxidantes, suplementação de folato, vitamina B6 e vitamina B12, Ginkgo Biloba, Dimebon, Piracetan, entre outras drogas. Tantas propostas e nenhuma realmente eficaz.

Várias dicas são consistentes: exercícios físicos aeróbicos, busca por novos interesses, pelos desejos, aprendizado de um segundo idioma e, consequentemente, o interesse por outra cultura, socialização e interesse por assuntos da comunidade, buscar favorecer as 8 horas de sono por noite, otimização das condições de saúde, notadamente a audição e a visão, atenção para quadros depressivos (com abordagem psicoterapêutica e/ou medicamentosa) e para doenças que causam danos vasculares (hipertensão, diabetes, dislipidemia, tabagismo, etc), enfim, não há uma receita de bolo, são várias as atitudes promotoras de um envelhecimento saudável e para o favorecimento de uma mente funcionante em sua plenitude até o último dia da vida.

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